Como tinha marcação na esteticista, levei-o comigo para largá-lo pelo caminho num lugar que achasse apropriado. Só que depois de estar despachada, fiquei sózinha no gabinete para me vestir.
O gabinete era pequeno, mas estava bem fresquinho, com música, paredes pintadas de uma cor relaxante: um ambiente agradável. "E porque não deixá-lo aqui?" pensei com os meus botões. E logo de dentro da mala ouvi uma gargalhada do Coração Feliz que estava radiante com a possibilidade de ficar num lugar fresquinho em vez de ir para a rua onde o sol abrasava.
Retirei-o da mala e pensei colocá-lo, confortavelmente, na marquesa. Mas a coragem não foi muita. Pousei-o junto ao espelho, tirei a foto muito à pressa e saí.
Quando fui pagar as mãos tremiam-me e fiquei com receio que pensassem que eu tinha tirado alguma coisa. (Não é fácil!!).
Depressa meti-me no carro e segui caminho.
Depois de um dia de trabalho sei que a esteticista vai adorar aquela surpresa.
Feliz Dia do Amigo
Gustave Flaubert
Ihihihi é uma adrenalina tão grande, não é? Como te compreendo, Isabel! Estás a fazer corações muito bonitos... Beijocas
ResponderEliminarUi! Dá a sensação que em vez de dar estamos a tirar algo e a fazer algo incorreto. Dá um friozinho na barriga :-) E ainda por cima tenho a mania de ser politicamente correta e perfecionista. UFA!! UFA!!
Eliminarhehehe.. pensava que só eu é que sentia isso! estou muito mais aliviada!
ResponderEliminarBeijinhos aos dois!
Catarina
Ah! Pelos sintomas, stou a ver que dois amigos do coração^sofrem do memso mal do que eu: Timidez aguda :-)
ResponderEliminarBeijinhos
Sim, timidez é comigo mesmo... Quando me conheceres, verás, Isabel! :-D
EliminarSabes Pedro? Normalmente as pessoas tímidas gostam de escrever, refugiam-se na escrita. Comigo acontece exatamente o mesmo, só por escrito é que por vezes consigo dizer o que me vai no coração. Nem sempre é a melhor maneira, é verdade, mas... ... ...
ResponderEliminarÉ estranho, mas quando conto histórias ou represento transformo-me noutra pessoa, é como se não houvesse mais nada além daquele momento.
Revejo-me completamente neste teu comentário, Isabel! Tanto na parte de só me exprimir bem pela escrita, como na parte de me transformar noutra pessoa. Antes de começar a contar histórias, era terapeuta de medicina alternativa. Uma vez, numa terapia de grupo, era preciso fazer uma espécie de discurso introdutório e pediram-me que o fizesse. Fiz, falei do que sabia, com a minha melhor voz. E lembro-me de uma amiga estar a ouvir-me com um ar que transparecia: "Aquele é mesmo o Pedro?!" Ahahhahah
EliminarEnfim, às vezes a timidez dá-nos uma certa protecção e até graça, mas por vezes é limitativa...