Hoje, dia 10 de Janeiro de 2013, às 17h20, pinguei numa unidade móvel de recolha de sangue. Já tinha dado sangue há uns anos, mas a experiência não tinha sido muito boa... Senti-me mal e desmaiei, portanto, apesar da vontade, nunca mais o fiz. Pura cobardia, confesso... Há dois dias atrás, tinha comentado com a minha mãe que um dia destes teria que deixar os receios de lado e dar sangue, porque não se admite que tanta gente precise e que muitas vezes salve vidas e eu, dadora universal, não o faça! É quase pecado! E ontem aconteceu a bela "coincidência" de passar junto à Gare do Oriente e ver esta unidade móvel. Claro que, ainda que de propósito, tive que lá ir hoje! :D Ela estava lá, não só, mas também para mim!
Pois posso dizer-vos que fui tratada que nem uma princesa! :D Todos muitíssimo atenciosas comigo, sempre a certificarem-se de que me sentia bem (tinha lhes falado da má experiência anterior) e sempre prontos a dar-me aguinha, café, comidinha... Senti-me num SPA e a certa altura, na brincadeira, até disse que estava a demorar a recompor-me (sempre que tentava ficar sentada sentia alguma instabilidade) porque não me apetecia sair de lá e digamos que me senti lá tão bem que realmente no final fiquei com pena de não ficar até às 20h com aqueles profissionais tão atenciosos... :)
Ora então, o pingo, foi deixado nas escadas da porta de saída (para alguém que tivesse dado sangue ficasse com ele). Penso que uma das pessoas que lá estava a prestar o seu serviço me terá visto de longe a colocar lá o pingo ou a tirar fotos, pois quando eu estava a comer, alguém tentava entrar por trás e depois mencionou o pingo (se alguém teria deixado caí-lo) e ele disse que alguém o tinha lá deixado e olhou a seguir para mim com um sorriso comprometedor...
No século XX, o cirurgião americano, Dr. William Stewart Halstedt , chefe do Departamento de Cirurgia do John Hopkins Hospital, nos Estados Unidos, era um solteirão que se apaixonou secretamente por uma enfermeira, Caroline Hampton, que o auxiliava nas cirurgias.
Como naquela época a preparação para a
cirurgia exigia dos profissionais a lavagem das mãos com fortes soluções
antisépticas, como não havia luvas, a enfermeira Carol desenvolveu uma
dermatite de contato com tais substâncias.
Com as mãos feridas, ela não podia mais
auxiliar nas cirurgias, para desespero do Dr. Halstedt, que só aceitava operar
se fosse coma ajuda dela, tamanha era a paixão por Carol e a segurança que ela
lhe transmitia. Então, para resolver esta situação, ele procurou um
microempresário chamado Goodyear – que mais tarde viria a ser um dos maiores fabricantes
de pneus do mundo – e pediu-lhe que fabricasse um par de luvas de borracha.
Imaginando que Caroline ficaria
constrangida por somente ela usar as rudimentares luvas pretas, o cirurgião
encomendou pares para todos os outros auxiliares. E com o uso das luvas, Dr.
Halstedt constatou que as infeçções pós-operatórias praticamente desapareceram.
Ele, então, determinou que em todas as cirurgias fossem usadas as luvas. Essa
prática logo se disseminou pelo mundo.
Ah, e o Dr. Halstedt, conseguiu conquistar
Caroline, eles casaram-se e moraram na cobertura do John Hopkins Hospital até a
morte dele, em 1922. As luvas cirúrgicas foram, por muito tempo, chamadas de “luvas
do amor”.
Armando J. C. Bezerra
Para o caso de um destes profissionais ter ficado com este pingo especial, agradeço do fundo do coração que me tenham proporcionado uma dádiva de sangue tranquila, serena, alegre e bonita. Obrigada mesmo! Que todos os profissionais de saúde fossem como vocês... <3
Olá Ana
ResponderEliminarque bom , teres ido dar sangue ,confesso que também tenho receio ,porque não lido muito bem com a visão do mesmo :),quem sabe um dia também me encho de coragem e faço o mesmo ;)
Gostei do texto do Pingo e ainda bem que conseguiste tirar fotos
beijocas
Obrigada Teresa! Um dia, se quiser, posso ir consigo dar apoio moral ;)
ResponderEliminarBeijinho! <3
Gosto dos teus pingos assim dentro dos saquinhos. Agora com a chuva tem sido difícil deixá-los na rua, vou ter de protegê-los assim como os teus :)
ResponderEliminarNo início do Outono fiz um tutorial de como proteger os pingos da chuva em sacos herméticos ;-) É assim que temos feito quando chove....
EliminarPois, Manuela, o objectivo é mesmo esse :)
ResponderEliminarObrigada e beijinho! <3
Ana,
ResponderEliminarque bonito a tua iniciativa,
e quem ganhou o pingo, deve ter gostado muito também.
:)
Obrigada Patrícia! :)
EliminarAcredito que sim e que tenha inspirado essa pessoa a viver mais o Amor.
Beijinho! <3
Também costumo dar sangue todos os anos. Para além de ser muito importante,fica em nós aquela sensação de saber que podemos ajudar outras pessoas. Fizeste bem em ir, Ana ;)
ResponderEliminarGosto do saco do Pingo. Há umas semanas também coloquei aquele papel em cima a fechar o saco mas como entretanto os dias ficaram mais chuvosos, deixei de por para não molhar o papel.
Beijo
<3
É verdade Alexandra! A pessoa que me tirou o sangue a certa altura, meio para saber se estava a sentir-me bem, meio para saber o que sentia por estar a dar sangue perguntou-me: "Está feliz?" e obviamente a minha resposta foi "Sim". É bom poder ajudar quem precisa :)
EliminarBeijinho! <3
Belo pingo, pela sensibilidade e importância desta dádiva.
ResponderEliminarGostei do pingo em origami(vou aprender a fazer!!) Excelente ideia em deixar guardado no saquinho plástico.
Bela iniciativa, precisamos disso!
Abraço <3
Isabel, essa iniciativa já há muito que existe, basta estar atento ao grupo... ;-)
EliminarOk Pedro, já andei a ver no grupo e no seu blog (Pedro na Lua).Acho lindíssimo esse trabalho em origami e os seus pingos literários estão cheios de criatividade... Estou atenta (risos) 8-)
EliminarObrigada Isabel!
EliminarDeixo aqui o vídeo por onde aprendi a fazer os corações de origami:
https://www.youtube.com/watch?v=6EkkfM8EsiM
Se tiver alguma dúvida, não hesite em perguntar ;)
Beijinho! <3
Obrigada Ana pela sua disponibilidade.
EliminarTudo de bom!
<3
Ora, não é nada de mais... de nada :)
EliminarBeijinho! <3