12:48, no restaurante King Sushi da Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, foi deixado mais um coração de origami em forma de Pinga Amor por aí. Um coração que surgiu, misteriosamente, dentro de uma caixa de bombons da milka e decidiu ficar pelo restaurante, na esperança de adoçar o coração de quem o apanhar.
Lembram-se da primeira vez que andaram de baloiço? Eram mais pequenos, acreditavam que seria muito fácil andar naquela tábua suspensa por duas correntes, pois viam os outros meninos alegres, baloiçando. Talvez os pais vos ajudaram e vos colocaram em cima dele. Vos largaram por um momento, ainda antes de dar o impulso inicial. Vocês viram como aquilo era instável, baloiçava ao mínimo movimento vosso. Aquilo era periclitante. Mas sabiam que tinham os vossos pais para vos segurarem.
É assim o Amor inicial, dos pais. Um doce balançar como uma mãe que embala o filhote no seu colo.
Depois, começamos a ganhar confiança. Começamos realmente a tomar balanço. E vamos, a cada movimento que vai e que vem, cada vez mais alto. Até que começamos a ficar com algum medo de nos magoarmos. Abrandamos os balanços. Retraímos o impulso que vai e que vem.
É assim a primeira desilusão de Amor. Aprendemos que este movimento que vai e que vem é como uma faca de dois gumes.
Posteriormente, recuperamos a confiança e começamos a baloiçar de novo. Durante algum tempo, o nosso Amor é como o movimento que vai e que vem de um baloiço. Vamos nos apaixonando fugazmente por uma ou outra pessoa. Ora em cima, felizes por pensarmos que encontrámos a nossa alma gémea, ora em baixo, tristes por constatarmos que afinal, aquela pessoa, não era bem o que aparentava ser. São assim os amores que vamos tendo, fruto de uma tentativa de procura de algo perdido.
O Amor é uma procura de nós mesmos. Um vai e vem, como se fôssemos um io-iô nas mãos de alguém.
Até que um dia, subitamente, esse movimento que vai e que vem se torna um balançar tão leve, tão natural como uma onda que vem, que entra pela praia dentro e te molha os pés, quentes do Sol. E depois vai, volta e leva consigo o teu perfume por entre a espuma. Nessa altura o baloiço parou no seu ponto mais elevado. Não desce mais. E então parece que levitamos, que caminhamos sobre o ar de tão leves que nos sentimos.
O Amor é como andar de baloiço. É como o movimento que vai e que vem. Que leva Amor para outra pessoa e que o traz de volta para mim.
Pedro Menezes
Lembram-se da primeira vez que andaram de baloiço? Eram mais pequenos, acreditavam que seria muito fácil andar naquela tábua suspensa por duas correntes, pois viam os outros meninos alegres, baloiçando. Talvez os pais vos ajudaram e vos colocaram em cima dele. Vos largaram por um momento, ainda antes de dar o impulso inicial. Vocês viram como aquilo era instável, baloiçava ao mínimo movimento vosso. Aquilo era periclitante. Mas sabiam que tinham os vossos pais para vos segurarem.
É assim o Amor inicial, dos pais. Um doce balançar como uma mãe que embala o filhote no seu colo.
Depois, começamos a ganhar confiança. Começamos realmente a tomar balanço. E vamos, a cada movimento que vai e que vem, cada vez mais alto. Até que começamos a ficar com algum medo de nos magoarmos. Abrandamos os balanços. Retraímos o impulso que vai e que vem.
É assim a primeira desilusão de Amor. Aprendemos que este movimento que vai e que vem é como uma faca de dois gumes.
Posteriormente, recuperamos a confiança e começamos a baloiçar de novo. Durante algum tempo, o nosso Amor é como o movimento que vai e que vem de um baloiço. Vamos nos apaixonando fugazmente por uma ou outra pessoa. Ora em cima, felizes por pensarmos que encontrámos a nossa alma gémea, ora em baixo, tristes por constatarmos que afinal, aquela pessoa, não era bem o que aparentava ser. São assim os amores que vamos tendo, fruto de uma tentativa de procura de algo perdido.
O Amor é uma procura de nós mesmos. Um vai e vem, como se fôssemos um io-iô nas mãos de alguém.
Até que um dia, subitamente, esse movimento que vai e que vem se torna um balançar tão leve, tão natural como uma onda que vem, que entra pela praia dentro e te molha os pés, quentes do Sol. E depois vai, volta e leva consigo o teu perfume por entre a espuma. Nessa altura o baloiço parou no seu ponto mais elevado. Não desce mais. E então parece que levitamos, que caminhamos sobre o ar de tão leves que nos sentimos.
O Amor é como andar de baloiço. É como o movimento que vai e que vem. Que leva Amor para outra pessoa e que o traz de volta para mim.
Pedro Menezes
O texto é muito bonito :0)
ResponderEliminarBeijinhos
<3
Pensava escrever "Que lindo...", mas prefiro dizer "Perfeito". <3
ResponderEliminarO coração azul é o mais lindo para mim ;)
ResponderEliminarBeijinhos Pedro.
<3
O texto faz qualquer coração comover-se de tão belo e sentido...<3
ResponderEliminar