13:06, nas Portas do Sol, em Santarém, as folhas já castanhas das árvores começam a anunciar a chegada do Outono, época onde a Natureza deixa cair o velho, para dar lugar ao novo. Deixei o meu Pinga Amor de origami perto de um gradeamento que nos oferece uma esplêndida vista, mas para isso, teremos de arriscar e explorar um dos recantos daquele jardim. Servirá de prémio a quem tiver essa coragem...
O texto escolhido (de minha autoria) foi:
Sentada naquela praia, ela olhava o mar. Via as ondas que iam e vinham. Tinha sido sempre assim a vida dela. Ondas que vinham e iam, iam e vinham.
Ondas de infelicidade que alisavam todos os castelos que ela tinha construído na areia e se instalavam como um invasor bárbaro. E a felicidade não entrava porque a infelicidade se tinha instalado; e a infelicidade não saía porque a felicidade estava à porta, esperando pela oportunidade de se instalar.
E ela não saía daquilo. Foi por isso que ela veio até à praia, aquela praia de areia branca e fina. O mar cada vez mais revolto, parecia que representava a felicidade ao travar uma batalha para expulsar a infelicidade da vida dela.
E no meio daquele reboliço de espuma e algas, uma estrela do mar veio, empurrada pelas ondas. Ela levantou-se para a ajudar, pegou-lhe com muita delicadeza e entrou na água. Queria deixar a estrela do mar em segurança, não teria importância o facto de se molhar.
Assim fez e largou suavemente a estrela do mar. Sentiu que com a estrela, ela também libertava o seu coração. Finalmente livre. Sorriu.
A felicidade já se tinha instalado na sua vida, já estava na cozinha a preparar um delicioso bolo de laranja. Porque quando a felicidade se instala em nós, tudo é doce.
Teremos nós a coragem de deixar o velho ir, para dar lugar ao novo?
O texto escolhido (de minha autoria) foi:
Sentada naquela praia, ela olhava o mar. Via as ondas que iam e vinham. Tinha sido sempre assim a vida dela. Ondas que vinham e iam, iam e vinham.
Ondas de infelicidade que alisavam todos os castelos que ela tinha construído na areia e se instalavam como um invasor bárbaro. E a felicidade não entrava porque a infelicidade se tinha instalado; e a infelicidade não saía porque a felicidade estava à porta, esperando pela oportunidade de se instalar.
E ela não saía daquilo. Foi por isso que ela veio até à praia, aquela praia de areia branca e fina. O mar cada vez mais revolto, parecia que representava a felicidade ao travar uma batalha para expulsar a infelicidade da vida dela.
E no meio daquele reboliço de espuma e algas, uma estrela do mar veio, empurrada pelas ondas. Ela levantou-se para a ajudar, pegou-lhe com muita delicadeza e entrou na água. Queria deixar a estrela do mar em segurança, não teria importância o facto de se molhar.
Assim fez e largou suavemente a estrela do mar. Sentiu que com a estrela, ela também libertava o seu coração. Finalmente livre. Sorriu.
A felicidade já se tinha instalado na sua vida, já estava na cozinha a preparar um delicioso bolo de laranja. Porque quando a felicidade se instala em nós, tudo é doce.
Teremos nós a coragem de deixar o velho ir, para dar lugar ao novo?
Provérbio árabe
O Sr. Outono já está aí a chegar??? Aqui ainda anda o Sr. Verão e parece-me que veio para ficar durante algum tempo ainda.
ResponderEliminarCu-cu, está tão escondidinho o teu coração! Espero que alguém o encontre e o estime :)
Vi tantas folhas secas no chão que se calhar, está mesmo a chegar... As folhas caem, mas o calor continua! :-) Está escondido sim, e tal como disse, só quem chegar perto do gradeamento é que o vê e aí não há forma de passar despercebido. <3
EliminarMuito bonitos os teus corações, Pedro :)
ResponderEliminarTenho de fazer mais e arranjar mais saltimbancos por aqui, que isto sozinha não é tarefa fácil :)
Obrigado, Manuela! <3
EliminarSinto este lugar como o teu lugar, Pedro. Um lugar encantado.
ResponderEliminarBeijinhos <3