6 de agosto de 2012

Pingo "Viagem no tempo" / Traveling in time Pingo (05-Ago)




  Para mim a Anne Frank é uma amiga. Mesmo nunca a tendo conhecido nem estando entre nós  fisicamente, a Anne tem-me acompanhado ao longo da vida : descobri o seu diário aos 11 anos e desde aí que a tudo o que se relaciona com ela me fascina. É um livro que já li e reli tantas vezes, um dos que considero especiais e que fazem parte da minha bagagem prioritária  sempre que mudo de casa. 
   A primeira vez que visitei o "Anexo", há 10 anos, ainda não tinha filhos. Mas ontem descobri verdadeiramente como a nossa essência muda quando nos tornamos pais: regressei, acompanhada com a minha família. De novo a mesma alegria de encontrar um espaço do meu imaginário, onde a Anne viveu escondida de tudo e de todos. Mas de novo o mesmo sabor amargo, a mesma tristeza de saber que a história que ali se contou não teve o tão desejado final feliz. E desta vez, mais do que pensar na Anne, confesso que os meus pensamentos se viraram para o Sr. Otto, e na angústia de um pai que tudo faz para proteger e salvar os filhos, e que no final não é bem sucedido. 
   Daí termos largado este pingo "pomba da paz" na cafetaria da casa da Anne Frank. Quem ali entra não sai igual. Por isso tenho esperança que quem o tenha encontrado o leve de peito aberto, e também ele sirva de recordação da sua passagem por este espaço de emoções, que nos faz viajar no tempo.


   To me Anne Frank is a friend. Even never have known her or she never been among us physically, Anne has been with me through all my life: I found her diary at age of 11 and since then everything that has to do with it fascinates me. It's a book I've read and reread many times, and it's one of the books I consider special and that part of my luggage when I move to another house.
   The first time I visited the "Annex", 10 years ago, still had no children. But yesterday I discovered how truly our essence changes when we become parents. I returned there with my family. Again the same joy of finding a place of my imagination, where Anne lived hidden from everything and everyone. But again the same bitter taste, the same sadness of knowing that the story did not have the desired happy ending. And this time, rather than thinking about Anne, I confess that my thoughts turned to Mr. Otto, and the anguish of a father who does everything to protect and save his children, and that in the end was not successful.
   That is why we dropped this "dove of peace"  pingo in the cafeteria of the house of Anne Frank. Who goes there does not come out the same. So I hope that those who have found it, takes it, with open heart, and it also serves as a reminder of their passage through this area of ​​emotions that makes us travel in time.

"Where there is love, there is life"
(Mahatma Gandhi)


3 comentários:

  1. O teu texto é emocionante Katy! o Diário de Ane Frank tb foi um dos meus livros de menina.

    ResponderEliminar
  2. Obrigada Isabel. Não imaginas o que significou para mim regressar aquele local. E ainda por cima com os meus filhos e com a missão que levava na ideia. Foi emocionante e quero voltar mais vezes. Parece que me sinto tão perto dela quando ali estou.

    ResponderEliminar

Quer partilhar o seu coração connosco? Aqui acolhemos os seus Pingos de Amor por aí em forma de palavras...